Em plena observação. O Henrique, o Carlos e o Nuno numa azáfama em torno dos telescópios e computadores. Eu estou à direita, quase invisível na foto. As luzes vermelhas são sinalizações de parques eólicos.
Esta segunda noite foi mais complicada, pelo menos para mim. Não houve humidade — uma boa surpresa. Em contrapartida, um vento frio soprava de E-NE que, apesar de muito bem agasalhado, me atacou a garganta sem piedade. Tossi imenso nessa noite, e quando finalmente me fui deitar, já de madrugada, tinha os músculos todos doridos do esforço. O resto do pessoal aguentou-se melhor. Os testes com o material na noite anterior permitiram um rendimento muito superior, uma noite sem grandes surpresas ou contratempos. As imagens apresentadas neste relato mostram alguns dos objectos fotografados nessas duas noites, sem nenhuma ordem particular.
Quanto ao cometa Lovejoy, vimo-lo nas duas noites, na constelação da Pomba (Columba), a apenas 14 graus acima do horizonte Sul. No entanto, isto obrigou-nos a fazer caminhadas pelo monte durante a noite, motivo pelo qual não foi possível fazer fotografias. De madrugada pudemos também observar a supernova ASASSN-14lp na galáxia NGC4666 e estimar a sua magnitude em 12.2. Houve ainda tempo de observar um trânsito de Calisto em Júpiter, apesar do seeing não estar muito recomendável.